12 LOCAIS IMPERDÍVEIS A VISITAR EM ELVAS

Muralhas abaluartdas de Elvas.
O nome de Elvas não é desconhecido para nenhum português, pois por aqui passaram muitos compatriotas no serviço militar ou a caminho de Espanha, e certamente quase todos recordam Elvas na voz de Paco Bandeira. Mas quantos conhecem o seu rico património monumental?

Para aqueles que já a visitaram deixamos uma lista recordatória dos 12 locais mais espetaculares da cidade-quartel e que serve simultaneamente de aperitivo e convite aos que ainda não a percorreram.

1. Aqueduto da Amoreira

Aqueduto da Amoreira, Elvas.
Quem chega a Elvas vindo do norte ou do oeste encontra ao aproximar-se do centro histórico "os arcos", assim chamam os elvenses ao Aqueduto da Amoreira, obra encarregue por D. Manuel I a Francisco de Arruda, cuja obra começaram em 1537 terminando apenas em 1620. Trata-se de uma construção hidráulica de mais de 8 quilómetros de cumprimento que distribui o precioso líquido ao longo da cidade por várias fontes.

2. Sinagoga - Casa da história judaica

Interior do antigo Açougue, atual Casa da história judaica de Elvas.
Localizada no centro da Judiaria Velha, foi identificada recentemente como um espaço de provável culto semita, o que a posiciona como a maior sinagoga medieval de Portugal. A arquitetura original aprecia-se na estrutura do edifício apoiado em 12 colunas, que poderão representar as tribos de Israel. Com a expulsão dos judeus o edifício transforma-se em açougue e mercado, de forma a ultrajar o seu passado judaico.

3. Antiga Sé

Admirando a fachada da Antiga Sé de Elvas.
A igreja de N. Sra. da Assunção, preside a praça da República com a sua imponente fachada, qual torreão fortificado, apenas quebrando a sua simplicidade o portal neoclássico. Aberta ao público em 1537, foi elevada à dignidade catedralícia por Pio V em 1570, perdido no sec. XIX. Trata-se de um edifício do tardogótico alentejano com profusa decoração manuelina, azulejaria setecentista e um retábulo pétreo barroco em ricos mármores alentejanos. Merece ainda destaque as portas laterais manuelinas, a sacristia e o órgão de tubos. Anexo a este templo existe o museu de arte sacra, ocupando a casa do cabido.

4. Largo dr. Santa Clara

Atardecer no largo dr. Santa Clara, Elvas.
Um dos postais essenciais da cidade é esta pequena praça presidida pelo arco romântico aberto, no século XIX, na muralha de fundação de "al-Bash" (nome original de Elvas), do qual ainda subsiste a porta do Temple (sec. IX). No centro do largo foi colocado, em 1942, o antigo pelourinho manuelino que se encontrava guardado no museu local, e que em conjunto com a casa brasonada, que acolheu a Filipe II de Espanha na sua entrada triunfante em Portugal, dão corpo a este típico recanto elvense.

5. Domínicas

Vista da igreja do convento das Dominicas desde o coro alto. Elvas.
Sob a invocação de N. Sra. da Consolação e presidida pela imagem do Sr. Jesus dos Aflitos, proveniente do antigo convento de S. Paulo, esta igreja renascentista é seguramente uma das pérolas escondidas dentro da cidade-quartel. Desde a forma templária original sobre a qual se construiu este templo, ao seu revestimento azulejar ou ao portal renascentista, tudo nela constituí um conjunto harmonioso.

6. MACE - Museu de Arte Contemporânea de Elvas

Fachada do antigo hospital da Misericórdia, atual MACE.
Este museu acolhe a coleção António Cachola, colecionador natural de Elvas, e cujo espólio é constituído apenas por peças de arte contemporânea portuguesas desde os anos 80 do século passado, sendo na atualidade o único museu em Portugal dedicado em exclusivo à arte contemporânea nacional. O seu acervo permanente está composto por mais de três centenas de peças que ciclicamente se expõem num edifício histórico que foi desde o século XVIII o hospital civil da cidade.

7. Castelo medieval

Castelo de Elvas iluminado.

Qualquer visitante de uma cidade amuralhada não pode deixar de subir ao mais alto da sua torre de menagem! E Elvas não é exceção, tanto mais que o castelo medieval, de origem muçulmano, com posteriores benefícios no tempo de Sancho II, D. Dinis e D. Manuel I, está dotado com uma alta torre. Curiosamente este foi o primeiro edifício a ser reconhecido em Portugal como Monumento Nacional, em 1906. Perdeu a sua utilidade militar em meados do século XVII, transferindo-se o poder militar para o Conselho de Guerra. Após centúrias de abandono, tendo tido diversas utilidades, sofre importantes obras de recuperação em 1940. Conta com uma cafetaria, sitio ideal para repouso de turistas.

8. Forte de Sta. Luzia

Porta de acesso ao forte de Santa Luzia. Elvas.
Desenhada definitivamente por Ian Ciersman, foi concluída em 1648, sendo um exemplo da construção militar do sec. XVII, com os seus 4 baluartes, fosso, cisterna e Casa do Governador. Alberga um polo museológico sobre a história militar do edifício e sobre a história da cidade, com um conjunto de exposições interativas. Destaque para as contraminas, que integravam o sistema defensivo deste forte.

9. Muralha Seiscentista 

Porta (interior) de Olivença, também denominada Real. Elvas.
Em conjunto com todo o centro histórico da cidade, foram declaradas em 2012 Património Mundial, considerada a maior fortificação abaluartada terrestre do mundo, tendo sido projetadas pelo holandês, ao serviço da coroa portuguesa, Ian Ciersman. É composta por 7 baluartes (Santa Bárbara, Porta Velha, Casarão, Praça de Armas, Olivença, São João de Deus, N. Sra. Conceição), 4 meios baluartes (São João da Corujeira, São Domingos, Trem e Príncipe), um redente, a obra coroa, e inúmeras obras exteriores. Percorrer caminhos cobertos, fossos, portas e poternas constituí uma experiência única.

10. Santuário Senhor Jesus da Piedade

Santuário Sr. Jesus da Piedade iluminado para a romaria. Elvas
Em setembro é em redor deste templo que se reúnem os elvenses e romeiros para celebrar a feira anual dedicada a S. Mateus. Com o milagre da cura do padre Manuel Antunes e posteriormente de muitos outros devotos, construiu-se este santuário em 1753, sobre a primitiva capela. Trata-se de um templo barroco, destacando-se na sua fachada as duas torres laterais em ângulo, facto inédito em território português e que apenas se repete nas igrejas barrocas brasileiras. No interior encontram-se telas pintadas por Cyrillo Wolkmar Machado, mármores policromos e a imagem do Cristo da Piedade.

11. Museu Militar

Fonte de S. José no parada do antigo quartel de S. Domingos, hoje Museu Militar de Elvas.

O Museu Militar de Elvas situa-se nas instalações do antigo convento de S. Domingos e quartéis do Casarão, ocupando mais 150.000 m2, sendo um dos maiores museus em Portugal. Este espaço museológico visa preservar a importância militar da cidade de Elvas, albergando três coleções permanentes, uma delas exclusivamente dedicadas ao Serviço de Medicina do Exército Português,  além dos edifícios históricos que o constituem, e onde sobressai um troço da muralha medieval e a fonte de S. José.


12. Forte da Graça

Magistral e Casa do Governador do Forte da Graça em Elvas.
Esta obra-prima da construção castrense na Europa foi desenhada pelo conde Guilherme de Schaumbourg-Lippe e pelo coronel Guilherme Valleré, sendo considerada uma das mais potentes e grandiosas fortalezas em todo o mundo. Foi começada a construir em 1763, estando constituído por quatro baluartes, revelim e hornaveque. O acesso exterior faz-se pela Porta do Dragão, enquanto o acesso ao corpo central é feito pela porta monumental, em cujo cimo se encontra a sua "pedra fundacional". No reduto central sucedem-se vários pisos desde a cisterna até ao miradouro da Casa do Governador.